O lançamento do Programa de Mobilidade Metropolitana, realizado nesta segunda-feira (14 de maio) pelo Governo do Estado, infelizmente teve que competir com o caos instalado na Grande Vitória devido à falta de preparo das nossas cidades para lidar com um fenômeno natural tão conhecido como a chuva.
Ao longo da minha experiência acadêmica, tornar a Região Metropolitana da Grande Vitória uma realidade sempre foi um desejo e um desafio dos governos municipais, mas pela primeira vez desde que comecei a estudar o tema Gestão de Cidades, à época do mestrado, vejo uma ação concreta e extremamente necessária.
Importante ressaltar que, enfim, o Estado atua como protagonista nesta discussão que os municípios, sempre olhando para si próprios, nunca conseguiram avançar. A decisão de capitanear o debate e de apresentar propostas sobre tema tão relevante como a mobilidade urbana pode ser o impulso que precisávamos para iniciar a discussão de outros assuntos metropolitanos não menos importantes - e que ainda os municípios insistem em tratar apenas dentro de seus territórios, como, por exemplo, a questão do lixo e do turismo.
Inverter alógica atual do transporte na Região Metropolitana é uma ação corajosa e extremamente necessária. Corajosa, pois implica investir um valor alto do orçamento, além de inicialmente causar transtornos e um efeito impopular para uma boa parcela dos cidadãos que acredita que o carro é a melhor solução de mobilidade.
Classifico a ação extremamente necessária, uma vez que não existe possibilidade de se resolver o problema da mobilidade metropolitana seguindo o entendimento vigente, pelo qual as prefeituras fazem apenas intervenções físicas limitadas nas vias públicas para suportar o aumento absurdo da frota de carros e do fluxo de veículos particulares todos os anos.
Priorizar o transporte coletivo, incorporar a ele modais como aquaviário, incentivar outros meios de transporte - principalmente a bicicleta com a ampliação das ciclovia se ciclofaixas – são soluções já conhecidas e de eficácia comprovada em outras cidades, regiões e países.
Espero que essa iniciativa do Governo do Estado, através da Secretaria de Transportes e Obras Públicas, seja um marco concreto e inspirador para a expansão do pensamento e das ações metropolitanas.
Fabrício Gandini - Vereador de Vitória pelo PPS e Mestre em Gestão de Cidades
Data de Publicação: segunda-feira, 04 de junho de 2012
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